Happy Birthday To ME

domingo, 14 de dezembro de 2008

Hoje é meu aniversário, deveria estar feliz, radiante, estou de certa forma... Não como antes na minha infância mas ainda é felicidade.
Estou completando 21 anos, uau já sou oficialmente maior. Sexta feira meus colegas de trabalho fizeram uma festa surpresa pra mim, foi inesperado, embora uma semana antes tenha havido uma pequena discussão entre nós. Tem horas que é bom esquecer as desavenças. Porém quando alguém nos abraça a gente acaba sentindo a verdadeira intenção da pessoa, essa percepção tem me seguido aonde quer que eu vá, acabei sentindo que algumas pessoas se aproximavam de mim com receio, medo talvez... Só não sei do que!
Acordei pensando muito na minha vida, tudo o que realizei até hoje, as coisas que tenho que dar valor, as amizades, os amores. e acabei me dando conta de que não fiz nada, não tenho muitos amigos, apenas os verdadeiros, não amei muito pra poder pensar em como as coisas poderiam ter sido diferentes. Fiquei desanimada por uns minutos, depois levantei a cabeça e decidi que ainda tenho um longo caminho a seguir, muito o que realizar e principalmente muitos pra amar. Não vale a pena pensar somente naquilo que fez, pense no que pode realizar pra poder fazer a diferença ;)

A observadora

domingo, 16 de novembro de 2008



Tenho me perguntado por que os adolescentes estão tão indispostos consigo mesmos. Nada mais lhes dá prazer, tudo o que desejam é uma moto aos dezessete e um carro aos dezoito, e quando não os tem sentem-se miseráveis. Eu também, em todos os meus sonhos, imagino-me com um apartamento e um carro, é evidente. Pra mim coisas materiais, esse pequeno conforto é o mínimo vital. Precisamos de algo mais. O que dá um sentido para a vida. E isto não vejo em parte alguma; mas certo número de jovens, e eu me incluo entre eles, está sempre em busca do que poderá dar sentido à vida.

Sempre demonstrei repulsa por certos fatos da história brasileira, como algumas guerras desnecessárias, mas por outro lado, pensava que outrora existiam coisas nas quais as pessoas acreditavam. Um dia cheguei a pensar que gostaria de viver na época da ditadura, pelo menos os adolescentes daquela época sabiam onde estavam, tinham um ideal. Acho melhor para uma pessoa se enganar de ideal do que não ter nenhum.

Vejo diariamente os adolescente se lançarem em qualquer tipo de “viagem” por estarem de tal forma insatisfeitos com a imagem de vida oferecida pelos adultos.

A maior parte das adolescentes vive para os meninos. Se o cara termina o relacionamento e começa a sair com outra imediatamente começam a criticar a atual namorada, sem perceber a grande injustiça nisso.

Em um fim de semana numa balada, percebi (no banheiro da balada) que diante do espelho as garotas perdem a personalidade (em sua grande maioria). Elas não eram nada mais que sua própria mascara, encarregadas de agradar aos “cavalheiros” do local. Não ousavam se mexer para não estragar o penteado e derreter a maquiagem. Claro que eu uso maquiagem, arrumo o cabelo e tudo o mais, porém faço isso pra mim mesma, nada de ir pra balada “pegar mais que as outras”. O conceito de “sair pra se divertir ouvindo uma boa musica” acabou, hoje em dia as baladas são pra beijar e se amassar, nada mais que isso, ninguém sai pra dançar e fazer amizades (a não ser amizades coloridas). Se não fizer isso você não se enquadra e é cafona por que sai pra se divertir sem ter que fazer essas coisas fúteis. Estou cansada dessa juventude fútil e sem ideais. Nada de ilusões e, principalmente nenhum ideal.

E se...

domingo, 2 de novembro de 2008

Mais uma vez lá estava eu, sentada no banco de uma praça cheia de coisas na cabeça. Só pra variar e exercitar a mente, comecei a ler um folheto que achei no banco antes de sentar, dizia: “Olhe para frente e veja o caminho que tens a seguir!”. Era uma propaganda de oculista, achei a frase um tanto estranha, mas parei pra pensar em seu contexto. Enquanto eu estudo e trabalho, vivo um dia de cada vez seguindo uma rotina nada excitante onde nada de interessante acontece a não ser desgraças, me peguei olhando o passado. E se eu tivesse tido outras atitudes, poderia eu ter mudado meu futuro? Que no caso é essa rotina incessante, a resposta não veio. Apenas um monte de pensamentos sem dono o qual eu precisei compartilhar. Me dei conta de que somos pequenos perante a imensidão da vida, claro que erramos pois somos humanos. Queria falar tudo que sinto e trago no peito, mas nem sempre encontro as palavras certas. Tenho tantos sonhos que parecem fugir de minhas mãos, mas que em alguns momentos sinto sua presença tão forte que é como se pudesse abraçá-los.

E se eu corresse atrás desses sonhos? A coragem vem e vai, eu a vejo ir flutuando em uma nuvem toda vez que desisto de algo. O grande problema com os sonhos é que perdemos tempo sonhando e não corremos atrás daquilo que queremos. Tudo na vida acaba e nem mesmo os sonhos são eternos. Por isso agora eu decidi aproveitar cada momento da minha rotina, isso ninguém pode tirar de mim. 

Tudo tem um fim

sexta-feira, 17 de outubro de 2008








Essa semana aconteceu algo muito desagradável com uma de minhas colegas, ela morreu de câncer pulmonar. Não éramos as melhores amigas da face da terra, mas havia uma cumplicidade que só nós sabíamos de onde vinha. Ela tinha 18 anos, era jovem e tinha uma longa vida pela frente. Nos conhecemos por acaso apresentadas por outra amiga em comum, houveram desavenças mas passou com o tempo.

Engraçado como o tempo muda tudo e todos. Parece que cavaram um buraco em meu peito, que cravaram uma faca nas minhas costas enquanto me abraçavam. Sinto falta das risadas e planos de vida que fazíamos acompanhadas de um bom vinho. Já perdi outras pessoas queridas, muitas delas amigas de longa data, alguns morreram por besteira, outros por vacilo da vida. Mas nenhum por uma doença terrível como essa. Por mais amigos que eu tenha perdido a dor não diminuiu a cada morte, muito pelo contrário, aumentou muito, me sinto sozinha e algumas vezes com medo de perder mais alguém.

Queria ter tido a oportunidade de dizer ‘EU TE AMO’ quando tive a chance. Ter dado só mais um abraço, dizer que as coisas melhorariam, bastava ter fé. Me faltam palavras pra expressar a raiva que estou sentindo nesse momento.

Há tantas pessoas ruins por ai, que não merecem viver, que faz coisas ruins o tempo todo. As pessoas matam, roubam, vivem de uma maneira suja e corrupta. Se destroem a cada minuto. Já gritei, xinguei, esperneei, dei murro na parede e nada disso a trouxe de volta, nada disso me ajudou a amenizar a dor. As lágrimas rolaram com esforço, porque ela devia ganhar um sorriso ao invés de minhas lágrimas, mas não deu pra segurar.

Roubando vidas

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

O que leva o ser humano a roubar?

Perguntinha que tem se intensificado a cada dia em minha cabeça. Vejo situações onde pessoas roubam por prazer, outras por necessidade. O dia das crianças está chegando e no local onde trabalho tem muita gente da periferia se perguntando o que vão roubar pra comemorar esse dia (eu não trabalho em uma FEBEM). Não estou exagerando, nem generalizando, relato o que tenho visto nos últimos dias. Parte do meu dia-a-dia é esse, presenciar o cotidiano de crianças e adolescentes em situação precária, que vão à escola pra comer, nada mais. Matam aula no pátio do colégio, não dão ouvidos a ninguém e quando o coordenador chama os pais para falar da situação atual dos filhos... Alguns nem aparecem, outros nem dão a devida importância, e alguns (bem poucos mesmo) dão atenção e prometem conversar com o filho em casa.

Existem pessoas que roubam pra poder comer, alimentar a família. Essa situação é aceitável, daí o sujeito se acostuma com a grana fácil e essa passa a ser sua “profissão”. Adolescentes, crianças começam a roubar porque querem ter roupas que os pais não podem comprar, vêem outros de sua idade com roupas e brinquedos legais e a vontade os consome mais que a fome. Eles não têm um bom exemplo dentro de casa, muitos são filhos de pai preso ou bêbado, alguns nem conhecem o próprio pai.

Sei que é difícil viver em um mundo onde tudo e todos são julgados pela aparência e pelo status social. Não quero justificar os roubos, mas para pra pensar: Se VOCÊ estivesse no lugar de um desses garotos de rua, qual seria sua atitude?

Imagine-se passando fome, sem saber quando será sua próxima refeição, com frio e sede, viciado em ‘cola’ e cocaína. Pede esmola num dia e no outro rouba.

No frio alguns alunos entram totalmente drogados, já flagrei muitos usando droga no banheiro, ao invés de usar o dinheiro pra comer ou se abrigar do frio, eles compram droga. Perguntei a um deles o motivo, ele respondeu que começou a usar porque esquentava do frio e tirava a fome, mas que agora não faz efeito nenhum e não consegue parar de usar. Sim, a vida é injusta e olhando mais de perto vejo a falta de opção. Com certeza irão dizer que sempre tem uma saída, eu concordo, mas qual seria? Não posso levar todos pra casa e alimenta-los. Todos escolhem a saída mais fácil, aquela que encurta a longa estrada da dor. Tem um culpado pra tudo isso, o dinheiro, ele te beija e te abraça depois te rouba e te mata.

Se não fosse por ele não haveria guerra, tudo tem um lado positivo e um negativo, o dinheiro te ajuda a sobreviver é necessário, mas a que custo? Roubando vidas?

Pessoas se matam diariamente por causa do dinheiro, a ganância do homem tem crescido a cada dia. Tenho pena da sociedade que julga sem saber a real versão dos fatos.

Volto a repetir que estou escrevendo o que presencio diariamente. Se falei algo que não concorda... Cada um com a sua opinião, liberdade de expressão é pra todos. Criticas negativas faz parte da vida, não se pode agradar a todos.

Televisão

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Hoje eu quero falar de Televisão. O que a televisão te trás de bom? Você aprende alguma coisa com a novela? Ou só aprende a cozinhar no programa da Ana Maria Braga? Ver um otário com um fantoche de papagaio fazendo piadas sem graça nunca me animou de manhã. O que fazer aos domingos quando está de ressaca e só tem TV aberta e é obrigado a assistir Faustão e Gugu mostrando como a vida é injusta com pessoas do nordeste?

Ultimamente a vida das pessoas tem sido chegar do trabalho e acompanhar a Flora seqüestrando a própria filha, (coisa que eu não duvido se acontecer na vida real). No geral novelas seguem um padrão muito claro desde o inicio, mocinhos, vilões e coadjuvantes inúteis.

O mocinho sofre durante o desenrolar da novela e chega no último capitulo tudo dá certo. Isso me deixa indignada, a novela deveria retratar o dia-a-dia dos brasileiros, mas eu duvido que façam uma novela sobre pessoas que chegam em casa e assistem televisão, pois essa é a realidade do Brasil, no vida yes televisão.

A televisão come a sua mente, mostra uma realidade distorcida dos fatos, algumas vezes mostra como as coisas são (nos jornais) e outras como eles gostariam que fosse (nas novelas, seriados, etc.). Te controla.

Até hoje a televisão ensinou muitas pessoas a mentir, como atuar se é que me entendem. Não duvido nada se daqui a alguns dias ter um programa de “como ser falsa em três passos rápidos e infalíveis”, mas claro que darão outro nome.

Ou um programa “Como ser ridículo e achar que é famoso”, perai esse já existe é o chamado “Astros”.

Aquele Big Brother Brasil é um dos piores, não vejo graça em colocar 14 pessoas dentro de uma casa e filmar, essa ultima edição eu assisti atentamente, percebi que as pessoas precisam de pouco pra ser falsas uma com as outras, talvez esse seja o real motivo do programa mostrar o comportamento do ser humano, ou não, talvez ele só queira mostrar as pessoas em trajes pequenos mesmo.

A televisão hipnotiza, além de roubar seu dinheiro com aquelas propagandas ridículas de câmera digital e aparelhos que deixam seu corpo perfeito. Mas se esse aparelho deixa seu corpo perfeito porque eles não fazem uma experiência real, do tipo colocar uma pessoa muito acima do peso a mostrar os resultados a cada semana? Sempre colocam aquelas modelos com os corpos perfeitos e sem nenhum grama de gordura. Indignação é pouco quando vejo o que a televisão se tornou, programas educativos infantis são piores que propagando eleitoral obrigatória, não suporto aquele dinossauro roxo, o Barney, pior que os Teletubies.

Crianças preferem ficar em casa assistindo televisão do que estar em uma praça soltando pipa e brincando ao ar livre. Preferem assistir um babaca vestido de dinossauro ao invés de brincar de boneca (se bem que hoje em dia os brinquedos ‘brincam’ sozinhos, basta apertar um botão e eles começam a se divertir sem a criança).

O problema é que algumas pessoas pensam que quando chegar no “fim” tudo vai dar certo, que o vilão será derrotado e que dinheiro vai cair do céu. Estão sendo iludidos, pois não há dinheiro sem trabalho, e não há final feliz sem luta.

A Cura

domingo, 21 de setembro de 2008


Hoje eu reparei em uma propaganda de televisão muito comum, sobre poluição e desmatamento, vejo por ai pessoas dizendo que devemos conservar o planeta e que tudo depende de nós, que a poluição está pior a cada dia. Mas as pessoas não escutam. Não tomam uma atitude a menos que outros tenham alguma iniciativa. Jogam lixo nas ruas pensando que assim estão dando emprego aos varredores de ruas, se pararem de jogar eles ficam desempregados. Eu já pensei assim, porém hoje vejo as coisas de outra maneira.
Vejo nas revistas, jornais, televisão (que é uma porcaria), e outros meios de comunicação as pessoas se matando, mãe que mata filho, filho que mata mãe, pai que engravida a própria filha, pessoas se matando por dinheiro, droga e prostituição, fome, miséria, corrupção, tiroteios, mortes em massa, poluição, doenças e diversas outras coisas que me enojam só de pensar. O que está acontecendo com o mundo ultimamente? A culpa é de quem?
Ando me fazendo essas perguntas com freqüência nos últimos dias e temo não ter as respostas. Não quero achar um culpado pra esses fatos, então comecei a pensar e notei que a reposta é fazer uma reforma interna, seria uma saída apropriada. Cada um poderia mudar seu jeito de pensar. Pessoas se matam pra manter uma honra que nunca existiu, os anos 2000 está pior que a era medieval.
Nós não estamos fazendo nada pra mudar isso. Cadê a força de vontade que havia nos jovens há tantos anos atrás? Ficou lá com certeza... Preso nos livros de história.
Quero fazer a minha parte, às vezes parece que não vai adiantar nada eu fazer as coisas certas, mas de repente me vejo fazendo a coisa errada e o problema aumenta, acumula. Se eu não faço acumula do mesmo jeito. Da muita raiva.
É confuso, mas eu estou tentando. Adultos são difíceis de mudar, então devemos recomeçar pelas crianças. A falta de educação não vem só do governo, vem de casa também. Está pior a cada dia. As crianças são a nova geração, ensinem a elas e no futuro tudo será melhor.
Todos procuram a "cura do mal", mas ela está dentro de cada um de nós.

O que aconteceu com a personalidade?

domingo, 14 de setembro de 2008


Sempre tem um ou outro que não se encaixa em nenhum grupo. Aquele que no colégio sentava sozinho e não falava com ninguém.
Nessa sociedade que ultimamente qualquer pessoa quer virar celebridade, a figura do ‘ninguém’ sempre me pareceu o melhor modelo de vida. E isso não quer dizer que eu sou uma pretensiosa do tipo ‘é legal ser diferente’. Simplesmente ‘ninguém precisa ser igual’.
Nos últimos dias eu venho observando o estilo de vida dos adolescentes, já que trabalho em uma escola na parte do dia e a noite faço faculdade (nada relacionado a psicologia).
Assisto sem nenhum entusiasmo aqueles filmes americanos de turmas de universidade com aquelas fraternidades onde o cara tem que passar por uma coleção de humilhação apenas para ser aceito nessas fraternidades idiotas.
Fico imaginando o que leva uma pessoa a essa necessidade doentia de ser aceita. E com o tempo me parece que em busca de aceitação as pessoas têm se padronizado de maneira assustadora. Hoje em dia ouve-se as mesmas musicas, usa-se o mesmo corte de cabelo e as mesmas roupas, até a personalidade é igual. Só assim para um adolescente se sentir aceito, se sentir parte de alguma coisa. Ele é compreendido e aceito, não vira motivo de piada para os outros.
Então o que acontece é muito simples, se está num grupo onde o lance é odiar alguém, seja quem for então o cara vai passar a odiar, mesmo não sabendo o motivo, a turma odeia e pronto, ele tem que seguir esse padrão, senão seu futuro é ser zoado o resto da vida.
Numa novelinha como Malhação, só pra citar um exemplo bastante óbvio, a impressão que fica é que o roteirista escreveu um monólogo e depois distribuiu as falas entre vários personagens. Não há diferenciação de personalidade. Todos falam as mesmas coisas, do mesmo jeito e usam as mesmas expressões. Em resumo: fique igual e permaneça legal. Resumo da novela: Basta pensar em um casal de vilões e um de mocinhos, então escolha um nome pra novela e chama um grupo de rock nacional pra fazer a musica de abertura. Não que eu odeie novelas, mas Malhação segue esse fluxo.
Existem programas que são verdadeiras aberrações. Um deles é aquele Famous Face. Uma maluca coloca na cabeça que quer parecer com seu ídolo, e essa maluquice é incentivada. A transformação é filmada e testemunhamos a verdadeira ‘frankesteinização’ sofrida pela pobre iludida que se submete à operação plástica, lipoaspiração e todo o resto que ‘está na moda’ pra ficar parecida com uma pessoa que ela nem conhece.
Tinha um programa ainda pior, onde uma modelo era chamada pra padronizar qualquer sujeito que não esteja seguindo as regrinhas do que a sociedade atual chama de ‘bom gosto’. Se uma garota não fizesse o gênero patricinha, a missão da apresentadora era introduzir a ‘rebelde’ ao “mundo dos iguais”. E da-lhe o que chama de “banho de loja”. Se o cara usa roupas largas e o cabelo todo espetado, então ele será transformado em um coitado metrosexual. Enfim é proibido ter estilo, quem não se enquadrar sai de cena.
Cada pessoa devia andar por ai rezando pela própria Bíblia, ou seja, fazendo suas próprias leis e fazendo uso de seu livre arbítrio. Mas não é o que tem acontecido.

Ele não enxerga!

sábado, 13 de setembro de 2008


Hoje aconteceu uma coisa muito desagradável aqui na minha casa. Sábado, 13 de setembro de 2008, eram 9hs e alguns minutos, não me lembro exatamente. Acordei e fiquei um tempo na cama, pensando na vida e nos problemas que não são poucos, decidi levantar e tomar um banho, fazer as coisas de sempre quando a gente acorda. Então minha mãe levantou logo depois que eu saí do banheiro e me convidou pra ir à pastelaria aqui perto de casa, eu topei com um pé atrás, porque meu pai voltou de viajem e ele também iria com certeza. Foi o pior pensamento que eu tive, então sacudi a cabeça e afastei esses maus pensamentos. Meu pai levantou e fez esse mesmo convite para o meu irmão mais velho, ele topou na hora também, até então eu não tinha notado que meu pai quando chegara de viajem ontem não tinha olhado muito nos meus olhos, só deu aquele abraço de sempre, frio e sem animação como ele sempre deu em mim desde o dia em que eu me entendo por gente. Nada tinha mudado mesmo ele ficando uma semana sem me ver, estava viajando a trabalho e ao chegar não demonstrou nenhum sinal de saudade minha.
Todos se trocaram e quando estávamos saindo ele perguntou aonde eu ia com uma roupa mostrando a bunda (Eu estava com um short). Ele sempre reclamou, mas dessa vez foi a gota d’agua. Afinal o que tinha demais em usar um short, meu irmão sempre fez coisa pior e ele nunca falou nada. Ter um filho Gogo boy que transa com mulheres por dinheiro é a coisa mais natural do mundo? Minha mãe nem me defendeu, ela sempre teve medo do meu pai. Meu irmão se fez de tonto e falou que pelo menos ele pegava mulher. Eu não fiquei estagnada como nas outras vezes, soltei tudo o que estava na garganta. “Quer dizer que ele pode dançar a noite, mostrar o corpo, comer velhas necessitadas por dinheiro e quando eu coloco uma roupa curta VOCÊ se ofende e diz que não posso sair com VOCÊ com essa roupa?”
Dei grande ênfase a “você” porque sempre o chamei de Senhor, naquele momento perdi o respeito forçado que tinha por ele. Já tive outros motivos pra perder o respeito forçado, mas dessa vez foi à gota. E ainda completei: “Acho que vou começar a vender meu corpo pra ver se sou reconhecida, ou quem sabe começo a 'pegar mulher'” Saí da sala com a cabeça erguida, não olhei pra trás, olhar pra cara dele me embrulha o estomago. Agora são 10hs18 e ainda estou indignada com tamanha injustiça, safadeza, nojo dessa situação, eles ainda não voltaram e juro que eu não gostaria que voltassem meu irmão mais velho prostituto (porque mesmo meu pai não admitindo é isso que ele é), meu pai que tem preferência explicita pelo filho mais velho, e que além de tudo é injusto se acha o dono da verdade. A única pessoa descente é minha mãe, mas ela tem tanto medo que prefere ficar quieta, eu não a culpo, a pobrezinha teve AVC e Graças a Deus está viva.
Eu só me pergunto até aonde vai a cegueira dos pais?
Como eles passam de Heróis a Vilões?

A piada da política

terça-feira, 2 de setembro de 2008


Olha para o país e me diz o que vê?
Eu vejo impunidade, a política desse país é uma piada que me mata de tanto rir. Campanha eleitoral é uma droga, não sei se ainda existe alguém que acredita em toda aquela publicidade. Promessas e mais promessas enchem os intervalos comerciais com mais mentira a cada dia. Fico olhando e me pergunto: porque eles tem tanto trabalho em fazer uma propaganda juntando depoimentos “forçados”? (O que o dinheiro não faz!)
A resposta é simples, a maioria dos políticos se vangloria em dizer que fez isso e aquilo, que o outro roubou e que ele é o mais honesto entre todos os candidatos que estão concorrendo. Tenho pena de quem acredita. Existem três tipos de eleitores, aquele que realmente acredita no candidato e em suas promessas, o que vota por votar escolhendo o “menos pior”, e o eterno democrata que acredita fielmente que o país vai mudar algum dia.
Sabe aquela campanha bem clichê que a gente sempre vê em filmes e novelas, aquela que o candidato beija crianças e dá remédios e cestas básicas para uma família necessitada. Então, tive o desprazer de presenciar uma cena dessas nos últimos dias na feira perto de casa (pensei que fosse só na televisão mas me enganei). Foi inevitável segurar o riso. Ri da cara de panaca do “futuro prefeito”, mas fiquei triste porque pelo que parecia aquela família estava acreditando que ele faria alguma coisa para mudar a vida deles.
Quantos políticos são necessários para enganar uma nação inteira?

The End

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Eu sou APAIXONADA POR 'THE DOORS'.
Essa musica em especial é realmente tranquilizadora.
O trabalho de Jim Morrison é fascinante!!!
Pena que ele morreu!!!


The End - The Doors

This is the end
Beautiful friend
This is the end
My only friend, the end
Of our elaborate plans, the end
Of everything that stands, the end
No safety or surprise, the end
I'll never look into your eyes...again
Can you picture what will be
So limitless and free
Desperately in need...of some...stranger's hand
In a...desperate land ?
Lost in a Roman...wilderness of pain
And all the children are insane
All the children are insane
Waiting for the summer rain, yeah
There's danger on the edge of town
Ride the King's highway, baby
Weird scenes inside the gold mine
Ride the highway west, baby
Ride the snake, ride the snake
To the lake, the ancient lake, baby
The snake is long, seven miles
Ride the snake...he's old, and his skin is cold
The west is the best
The west is the best
Get here, and we'll do the rest
The blue bus is callin' us
The blue bus is callin' us
Driver, where you taken' us ?
The killer awoke before dawn, he put his boots on
He took a face from the ancient gallery
And he walked on down the hall
He went into the room where his sister lived, and...then he
Paid a visit to his brother, and then he
He walked on down the hall, and
And he came to a door...and he looked inside
"Father ?", "yes son", "I want to kill you"
"Mother...I want to...fuck you"
C'mon baby, take a chance with us X3
And meet me at the back of the blue bus
Doin' a blue rock, On a blue bus
Doin' a blue rock, C'mon, yeah
Kill, kill, kill, kill, kill, kill
This is the end, Beautiful friend
This is the end, My only friend, the end
It hurts to set you free
But you'll never follow me
The end of laughter and soft lies
The end of nights we tried to die
This is the end

Livros...

quinta-feira, 7 de agosto de 2008


Já faz um bom tempo que eu não posto aqui. Estava sentindo falta.
Hoje falarei de um assunto que a maioria das pessoas gosta, livros. Eu amo livros, são empolgantes, nos envolvem de uma maneira que nem um bom filme de suspense consegue (Olha que eu adoro um suspense), não tem coisa melhor do que imaginar, através de palavras, um mundo diferente, onde fantasias incríveis, realidades abundantes e fartas de magia, nos faz viajar.
Atualmente estou lendo uma nova série, Crepúsculo (Twilight), não lia desesperadamente desde Harry Potter, esse livro realmente me deixou fora da realidade, a história é sobre vampiros, lobisomens, romance... Entre outros assuntos empolgantes.
Um bom livro é a chave para abrir a mente, expandir conhecimentos, criar uma visão diferente do mundo, formar opiniões que jamais pensei que teria. Quando era mais jovem (agora falei como uma velha decrépita), li um livro que falava como a mentira pode ser dolorosa, e de certa forma é verdade, a mentira muitas vezes nos faz sofrer mesmo que inconscientemente, embora eu tenha uma forma diferente de vê-la em minha cabeça. A mentira é só “um fato que esqueceu de acontecer”, você faz uma coisa e a destorce completamente, mas imagina como teria sido se sua atitude fosse outra, é aí que nasce a mentira. Começa a fantasiá-la, molda-la de forma divertida, às vezes aumenta, inventa situações duvidosas. Nem sempre é bom mentir, eu particularmente odeio inventar coisas absurdas, porque às vezes você esquece o que falou e acaba soltando mais mentiras, isso acontece com muita gente que eu conheço. É claro que eu minto, mesmo sem querer acabo aumentando alguma coisa ou outra, é inevitável, todos mentem, muitos sem perceber ou sem querer, outros de propósito.
Isso é engraçado a meu ver, principalmente se a pessoa mente muito e espalha outra versão por aí.
Certa vez eu estava com muita raiva porque uma amiga muito querida se matou (isso mesmo, ela se matou), minha mãe ficou tão desesperada com a minha reação (eu fiquei estagnada por dias) após a morte dela que me deu vários livros pra que eu pudesse ocupar a mente com outras coisas, e foi aí que eu me deparei com outro fato da vida real, a morte. Ela é dolorosa, me fez muito mal, eu não soube encarar a “morte suicida” do mesmo jeito que encarei a ”morte por causas naturais”, é claro que as duas são injustas, mas uma é sempre pior que a outra. Graças a esse livro eu pude enxergar o quão bom é riscar as memórias ruins com as pessoas que morreram, isola-las seria a palavra certa, e ficar somente com as boas, como um dia inteiro de diversão e risos, a primeira lágrima de alegria, aquela farra que só a gente sabia fazer...
Lembranças boas ajudam a superar, tentar não pensar nelas é que é ruim, parece que a pessoa não fez parte da sua vida, isso maltrata o ego, se eu fosse esquecer todos os momentos que tive com as pessoas que morreram então eu ia “pular” pelo menos 15 anos da minha vida, já que não tenho lembranças antes disso. O nome do livro é ‘Através do Espelho’ e ‘Enfim sós’, foram bons o bastante pra me ajudar a compreender que a morte faz parte da vida, e como já dizia o poeta “A vida é bem mais dolorosa que a morte”, essa frase é de vários poetas, já li em diversos livros de poesia. E é a mais pura verdade.
Outro assunto abordado em livros me fez “participar mais da vida” (não lembro o nome do livro ¬¬’), viver mais de acordo com o que eu tenho, amigos, pouca grana, e liberdade. É claro que o mais importante é ter amigos, eles são importantes na vida de qualquer pessoa, não consigo imaginar alguém que não tenha nem um amigo sequer, é estranho. Quem tem amigos não precisa de dinheiro, nem de outra coisa superficial.
Livros de suspense, da Agatha Christie, são ótimos. Realmente envolventes, o primeiro que li foi A Maldição do Espelho, acreditem ou não, levei 8h pra terminar, claro que voltei a lê-lo meses depois com mais calma.
Uma de minhas amigas diz que eu sou fanática, e eu concordo com ela, sou fanática por coisas interessantes como livros e musica, quando começo não paro mais. Quando ouço uma banda nova imediatamente procuro pela obra toda, me interesso pela letra, pela guitarra, bateria, baixo, pela base, enfim todos os ângulos me interessam. Me apaixono por coisas de um modo geral, por exemplo meu cantor predileto, Cazuza, as musicas dele são interessantes, viciantes eu diria, a letra é maravilhosa a melodia. Ele era um poeta, cantava a realidade, li praticamente todos os livros a seu respeito.
Agora vem os de ficção, não tenho palavras pra descrever o que sinto quando leio ficção, fantasiar um mundo paralelo é perfeito demais pra uma só pessoa. Eu consigo me imaginar em pelo menos 10 mundos diferentes do meu, realidades e acontecimentos longe do meu dia-a-dia tomam conta dos meus sonhos, é claro que eu também sonho muito acordada, é até engraçado quando eu penso muito em uma realidade diferente e de repente acordo. A magia me encanta e me domina. É como se fosse um refugio, eu cresci e não consigo me conformar com o fato de não ter aproveitado mais a infância, quando era criança queria crescer e agora que cresci quero voltar a ser criança, de certa forma isso é irônico. Mas é só porque as crianças se divertem mais, além do que não precisam ter responsabilidade, até me assusto quando penso nas responsabilidades, são tão chatas, se pudesse as jogaria numa lixeira e colocava fogo.
Reparou na inocência cruel das criançinhas? Elas fazem cada comentário desconcertante, além de adivinharem tudo e saber o momento exato de continuar sendo incomodas. É até hilário.
Há também as adaptações para cinema, adoro falar desses, A Lista de Schindler, livro ótimo, filme nem tanto, é claro que nunca é fiel ao livro, mas se fosse falar o que faltou no filme ia ter que postar pelo menos mais 10 vezes. O meu preferido, Laranja Mecânica (A Clockwork Orange), o livro é simplesmente demais, fala sobre um rapaz que adora violência e musica, o jovem Alex DeLarge apronta muito tanto no livro como no filme, esse é o único filme inspirado no livro que eu realmente gostei. Agora vem um muito bom, Harry Potter, os livros são fantásticos (tudo de bom, maravilhosos, incríveis e inacreditavelmente viciantes), não consegui parar de lê-los até hoje é um vicio muito saudável. Porém, os filmes são ruins (pra não falar outra coisa), embora sejam "bons" por outro lado(conflito de opinião, isso acontece rs rs rs) porque deu vida a minha imaginação, a primeira vez que coloquei os olhos na tela pra ver como deram vida a Hogwarts e tudo o mais daquele mundo fantástico, fiquei simplesmente apaixonada pelo modo como eles fizeram isso, é claro que ficou um pouco diferente na minha cabeça. Agora vem a nova série Crepúsculo (Twilight), devo dizer que é meu novo vicio, o filme ainda não saiu, mas promete ser emocionante, aprendi que não posso me empolgar muito com adaptações, graças a Harry Potter, e mesmo assim não perco a esperança, Vampiros simplesmente me fascinam. As Crônicas de Nárnia, li o volume único depois de assisti os filmes ‘O Leão a Feiticeira e o Guarda Roupa’ e ‘Príncipe Caspian’, cometi um erro gravíssimo pensei que o filme fosse fiel ao livro, mas descobri que entre essas duas histórias há outras, e tenho certeza que não farão filme delas. O livro é muito bom, os efeitos do filme também são empolgantes. Há diversas outras adaptações que gostaria de comentar, mas deixa pra próxima.
Eu recomendo esses livros que citei no post de hoje, e muitos outros também, outro dia eu divulgo a lista dos melhores que já li embora eu ache todos os livros bons.
Enfim, pra mim livros são importantes, ajudam a viver, o desenvolvimento do meu ‘eu’ imaginário cresce a cada livro. Devo acrescentar que tenho inveja dos autores, eu queria ter pensado nisso antes deles, tão talentosos e muitos deles malvados (matam personagens sem dó nem piedade), mas graças a eles tenho uma vida bem agitada, mesmo que seja imaginação.

As Crônicas da Adolescência (parte 1)

segunda-feira, 26 de maio de 2008


Dizem que quando estamos à beira da morte, toda a nossa vida passa diante de nossos olhos. E foi isso que aconteceu. Não sei como explicar, mas está tudo em câmera lenta, vejo gente rindo e alguns chorando. Só sei que nada sei, e que a minha vida não passa de um filme muito louco. Não mudaria nada, muito pelo contrario, acrescentaria mais loucura a ela.
Era aproximadamente duas da matina. Eu, como sempre muito louca de cachaça e droga, comecei a viajar no meu passado. Minha história começa aos cinco anos, não me lembro de nada antes disso e também não faço questão de lembrar. Meu pai nunca foi um grande homem, um pai que realmente seja pai. Ele era viciado em heroína, minha mãe em LSD, já dá pra adivinhar quem morreu primeiro?
Pois é, quando eu tinha oito anos, me lembro como se tivesse acabado de acontecer, meu pai estava muito louco, e gritava muito: “Eu to voando em baixo d’água, e tem borboletas aqui, e cobras também”, e olhava para o nada no meio da sala. Mas não contente ele usou mais... E foi o fim. Acho que ele esqueceu de desamarra o braço, foi ficando roxo, a boca dele estava estranha e se contorcia inumeras vezes como se tivesse levando um choque. Demorei pra perceber que ele estava tendo uma overdose, é claro que eu não entendia o que estava acontecendo, pra falar a verdade eu acabei de descobrir o que ele sentiu. É isso ai, estou tendo uma overdose, no dia do meu aniversário, não sei descrever ao certo se sinto dor no corpo, ou se estou anestesiada. Mas a minha vida ta passando diante dos meus olhos.
Depois que meu pai morreu minha “amada” mãe não sabia o que fazer e começou a receber uns caras lá em casa, as vezes eu abria a porta e ela estava em umas posições estranhas, mais tarde eu descobri o que ela fazia. Se prostituir e deprimente até se o caso é passar fome. Minha vida dos oito aos onze anos foi chata, só brincava na rua até tarde porque minha mãe me colocava pra fora quando mais de três homens entrava.
Até que certo dia eu fiquei curiosa demais e decidi matar a curiosidade, abri o guarda roupas da minha mãe e achei um cigarro estranho, tinha um cheiro muito agradável, maconha, eu sempre a vi fazer aquilo então tinha uma noção de como fazer, traguei, tossi muito, depois me acostumei e num instante estava fumando o baseado inteiro, quando minha mãe entrou e me pegou no flagra. Aquele dia eu apanhei, mas nem senti muita dor porque eu achei engraçado estar apanhando. Esse é o efeito da maconha, acho que aquele dia eu ri a madrugada inteira. E ela não me batia porque achava errado o que eu estava fazendo e sim porque eu fumei o único que restara.
Passado algum tempo, e eu só fumando maconha, acabei ficando mais curiosa ainda, só tinha uma diferença, eu já estava mais esperta pra esse lance de droga. Minha mãe adquiriu um novo vicio, ela começou a fumar crack, porque é mais barato que LSD, mas o problema foi que ao invés de largar o LSD ela somou mais um vicio na lista, além de cocaína e maconha.
Com a curiosidade mais aguçada, comecei a cheirar, roubar dinheiro da minha “amada”, e a ficar louca todos os dias. Me toquei que essa coisa de Droga é hereditário, tenho pelo menos três amigos que são filhos de pais viciados. Eu não sou diferente deles.
Hoje é meu aniversário de dezessete anos, duas horas da madrugada. Comecei a farra faz quatro dias, e hoje que deveria ser o dia mais louco estou tendo uma overdose. Isso é que é azar. Só porque fumei hardbase (maconha+cocaína+crack) e tomei muita pinga, injetei pelo menos 50 ml de heroína, estou morrendo. É muita zica pra uma só pessoa.
Mas é a melhor loucura que já tive. Estou voando em baixo d’água, e tem umas borboletas aqui, olha essas cobras que muito loucas. A melhor loucura de todas está me destruindo. A droga é assim, uma mulher nua te esperando num quarto, uma carteira cheia de grana sem documento. Difícil resistir a tentação.

Até onde chega o amor....

sábado, 3 de maio de 2008


"No dia que nasceu nossa filha, meu marido, não sentiu grande alegria. Por que a decepção que sentia parecia ser maior do que o grande conhecimento de ter uma filha."
“Ah! Eu queria um filho homem!” Lamentava meu marido.
Em poucos meses ele se deixou cativar pelo sorriso de nossa linda Íris e pela infinita inocência de seu olhar fixo e penetrante, foi então que ele começou a amá-la com loucura.
Sua carinha, seu sorriso não se apartavam mais dele. Ele fazia planos sobre planos, tudo seria nossa Íris.
Numa tarde estávamos reunidos em família, quando Íris perguntou a seu pai: “Papi... Quando eu completar quinze anos, qual será meu presente?”
Ele lhe respondeu: “Meu amor, você tem apenas sete aninhos, não lhe parece que falta muito tempo para essa data?”
Respondeu Íris: “Bem papi, tu sempre diz que o tempo passa voando, ainda que eu nunca haja visto por aqui.
Íris já tinha quatorze anos e ocupava toda a alegria de seu pai. Num domingo foram a igreja, Íris tropeçou, se pai de imediato agarrou-a para que não caísse... Já sentados nos bancos da igreja, viram como Íris foi caindo lentamente e quase perdeu a consciência.
Seu pai agarrou-a e levou imediatamente para o hospital. Ali permaneceu por dez dias e foi então quando lhe informaram que Íris padecia uma grave enfermidade que afetava seriamente seu coração.
Os dias foram passando, seu pai renunciou a seu trabalho para dedicar-se a Íris. Todavia, sua mãe decidiu trabalhar, pois não suportava ver sua filha sofrendo tanto.
Numa manhã, ainda na cama, Íris perguntou a seu pai: “Papi? Os médicos te disseram que eu vou morrer?”
Respondeu seu pai: “Não meu amor... não vais morrer, Deus que é tão grande, não permitiria que eu perca o que mais tenho amado neste mundo”.
Perguntou Íris: “Quando a gente morre vai para algum lugar? Podem ver lá de cima sua família? Sabes se um dia podem voltar?”.
Respondeu seu pai: “Bem filha na verdade ninguém regressou de lá e contou algo sobre isso, porém se eu morrer, não te deixarei só, onde eu estiver buscarei uma maneira de me comunicar contigo, e em última instância utilizaria o vento para te ver”.
“O vento? E como você faria?”
“Não tenho a menor idéia filhinha, só sei que se algum dia eu morrer, sentirás que estou contigo, quando um suave vento roçar teu rosto e uma brisa fresca beijar tua face.”
Nesse mesmo dia à tarde, foram informados pelos médicos que Íris necessitava de um transplante de coração, pois do contrário ela só teria mais vinte dias de vida.
“Um coração! Onde conseguir um coração! Onde, Deus meu?” Perguntavam-se seus pais.
Nesse mesmo mês, Íris completaria seus quinze anos. E foi numa sexta-feira a tarde quando conseguiram um doador. Foi operada e tudo saiu bem.
Íris permaneceu no hospital por quinze dias e em nenhuma só vez seu pai foi visita-la. Todavia, os médicos lhe deram alta e ela foi para sua casa.
Ao chegar em casa a jovem com ansiedade gritou:
“PAPI! PAPI!... Onde tu estás?”
Sua mãe entrou no quarto com os olhos molhados de lágrimas e disse-lhe: “Aqui está uma carta que seu pai deixou para você”.
Confusa a garota abriu-a e começou a ler: “Íris, filhinha do meu coração. No momento em que ler minha carta, já deve ter quinze anos e um coração forte batendo em teu peito, essa foi a promessa que me fizeram os médicos que te operaram. Não pode imaginar nem remotamente quanto lamento não estar a teu lado neste instante. Quando soube que morrerias, decidi dar-te a resposta da pergunta que me fizestes quando tinhas sete aninhos e a qual não respondi. Decidi dar-te o presente mais bonito que ninguém jamais faria... Te dou de presente minha vida inteira sem nenhuma condição, para que faças com ela o que quisestes. Vive filha! Te amo com todo o meu coração!”.
Íris chorou por todo o dia e toda a noite; No dia seguinte foi ao cemitério e sentou-se sobre a tumba de seu pai, chorou tanto como ninguém poderia chorar. E sussurrou: “Papi... agora posso compreender quanto me amavas, eu também te amava e ainda que nunca tenha dito, agora compreendo a importância de dizer-te ‘Te amo’ e te pediria perdão por haver guardado silêncio tantas vezes”.
Nesse instante as copas das árvores balançavam suavemente, caíram algumas folhas e florzinhas, e uma suave brisa roçou a face de Íris que olhou para o céu, tentou enxugar as lágrimas de seu rosto, se levantou e voltou para casa.
Há certos momento em nossas vidas que é realmente difícil dizer: “Eu te amo”, “Me perdoa” e principalmente “Me ajuda”. Mas faça um esforço e nunca deixes de dizer: “Te amo”.... Não sabes se será a última vez.....

Lembranças...

terça-feira, 29 de abril de 2008

“Entre o Passado, onde estão nossas recordações e o Futuro, onde estão nossas esperanças, fica o Presente, onde está nosso dever.”

As lembranças... É difícil falar delas, em sua forma original há diversos tipos... As tristes, as alegres, as embaraçosas, essa última é a mais freqüente.
Há momentos em nossas vidas que é inevitável não lembrar da infância, da puberdade e adolescência, eu me encontro na fase depois da adolescência. Não sei o nome dessa fase, mas provavelmente terei boas lembranças dela.
Nesse momento estou aqui imaginando como funciona uma cabeça... Acho que as lembranças vivem aprisionadas numa torre, sendo que algumas têm permissão pra sair e freqüentar o salão do Pensamento. Essas se produzem antes de ir. Ou metem brincos, batom, salto alto, querendo aparecer, ou passam base pra suavizar a expressão e preferem ser discretas, delicadas.
Já as lembranças que não podem deixar a torre, volta e meia escapam. Tentam chegar ao Pensamento, mas acabam se perdendo no caminho. Aí ficam vagando. Isso é o que chamo de “branco”, quando você lembra de uma coisa e de repente puf, esquece do nada.
Tem lembranças que assombram, criam confusão, por isso o mundo está cheio de louco.
As lembranças se produzem assim. Sentam na frente do espelho e se retocam inteiras. Tenho certeza. Quer ver só?
Esses velhos que ficam lembrando como antigamente era tudo calmo, tudo bom... A memória deles passou base pra esconder as cicatrizes. Sempre falam da obediência, mas acabaram por esquecer que também se enchiam de seus pais, das revoluções que muitos lutaram. Mas essa e outras ousadias a memória suavizou. O “tempo” deles chega ao Pensamento cada vez mais desbotado.
Eu sou o oposto. Minhas lembranças se pintam de cores fortes, e ainda passam purpurina pra brilhar. Querem mais é se exibir. Alias, tudo meu é exagerado.
Uma vez, eu era bem pequena, vi uma cena que acontece milhões de vezes por dia(no interior) sempre igual. O ovo se rachou, o passarinho foi bicando a casca até abrir uma janela, e aí espichou a cabeça pra fora.
Sei que o filhote era feio, porque todo filhote nasce feio e desgrenhado. Mas eu lembro desse tão lindo! Fico toda arrepiada só de lembrar, como se só esse passarinho tivesse nascido no mundo, e eu fosse a única testemunha do fato.
Estou com vinte anos de idade. Imagine quando for velha, olhar um ovo e pensar na cena que vi! Vou lembrar que o passarinho nasceu sorrindo, que se assustou com o tamanho do céu, que cantou pra espantar o medo, e que não sei quanta coisa mais aconteceu.
Justamente pra evitar esses blábláblás é que comecei a escrever minhas memórias desde já. Quero deixar anotado tudo que me aconteceu de importante até o dia de hoje.
Pra no futuro poder me lembrar com exatidão do passado e do presente.
Essa coisa de passado, presente e futuro são tão estranhos, mas isso é assunto pra outro post!

Era uma vez a amizade... ai ela acabou e fim!!^^

domingo, 27 de abril de 2008


Primeiro post comente se gostar, ou não!
Vou falar de amizade, caso da vida real que acontece com MUITA freqüência, isso me afeta muito, posso dizer com toda certeza que tenho uma amiga verdadeira pra todas as horas e um amigo pra todas as horas também, o resto é resto.

Isso já me aconteceu:
Dizem que não há nada mais eficiente para arrasar a amizade entre mulheres que o envolvimento com homens. “Amizades são inabaláveis”, eu acreditei nisso um bom tempo da minha vida, como acreditava em poucas coisas, até a puberdade.
Amigas superam defeitos, e ajudam a melhorá-los. Quem foi que disse isso mesmo? Deve ter sido um desses idiotas que não descobriu como o mundo é cruel e injusto. Coitado.
Estórias de amizades seguem o mesmo padrão, você tem uma melhor amiga, ai de repente, ela começa a namorar, no inicio é uma maravilha, o namorado conversa com você. Até que um dia o desgraçado fica com ciúme ou simplesmente não gostou de algo que você disse. Então sua melhor amiga diminui o contato, para de ligar, simplesmente some da sua vida. Passado algum tempo termina o namoro e volta como se nada tivesse acontecido, com a maior cara de madeira.
Há duas opções, ou você perdoa e finge que nada aconteceu continuando com a “amizade”, ou simplesmente sai andando. Prefiro a segunda opção, não costumo perdoar as pessoas.
Errar é humano, terminar amizade por causa de um cara é BURRICE.

Não gosto muito de falar sobre amizade, tive experiências ruins o bastante para duas vidas.
Fim de amizade é muito ruim, mas ao mesmo tempo são engraçados, mas só quando não é com você. Então quebre a cara pelo menos uma vez. Isso vai te ensinar a quantidade de coisas legais que se aprende, mesmo que se sofra em longo prazo.

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