Televisão

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Hoje eu quero falar de Televisão. O que a televisão te trás de bom? Você aprende alguma coisa com a novela? Ou só aprende a cozinhar no programa da Ana Maria Braga? Ver um otário com um fantoche de papagaio fazendo piadas sem graça nunca me animou de manhã. O que fazer aos domingos quando está de ressaca e só tem TV aberta e é obrigado a assistir Faustão e Gugu mostrando como a vida é injusta com pessoas do nordeste?

Ultimamente a vida das pessoas tem sido chegar do trabalho e acompanhar a Flora seqüestrando a própria filha, (coisa que eu não duvido se acontecer na vida real). No geral novelas seguem um padrão muito claro desde o inicio, mocinhos, vilões e coadjuvantes inúteis.

O mocinho sofre durante o desenrolar da novela e chega no último capitulo tudo dá certo. Isso me deixa indignada, a novela deveria retratar o dia-a-dia dos brasileiros, mas eu duvido que façam uma novela sobre pessoas que chegam em casa e assistem televisão, pois essa é a realidade do Brasil, no vida yes televisão.

A televisão come a sua mente, mostra uma realidade distorcida dos fatos, algumas vezes mostra como as coisas são (nos jornais) e outras como eles gostariam que fosse (nas novelas, seriados, etc.). Te controla.

Até hoje a televisão ensinou muitas pessoas a mentir, como atuar se é que me entendem. Não duvido nada se daqui a alguns dias ter um programa de “como ser falsa em três passos rápidos e infalíveis”, mas claro que darão outro nome.

Ou um programa “Como ser ridículo e achar que é famoso”, perai esse já existe é o chamado “Astros”.

Aquele Big Brother Brasil é um dos piores, não vejo graça em colocar 14 pessoas dentro de uma casa e filmar, essa ultima edição eu assisti atentamente, percebi que as pessoas precisam de pouco pra ser falsas uma com as outras, talvez esse seja o real motivo do programa mostrar o comportamento do ser humano, ou não, talvez ele só queira mostrar as pessoas em trajes pequenos mesmo.

A televisão hipnotiza, além de roubar seu dinheiro com aquelas propagandas ridículas de câmera digital e aparelhos que deixam seu corpo perfeito. Mas se esse aparelho deixa seu corpo perfeito porque eles não fazem uma experiência real, do tipo colocar uma pessoa muito acima do peso a mostrar os resultados a cada semana? Sempre colocam aquelas modelos com os corpos perfeitos e sem nenhum grama de gordura. Indignação é pouco quando vejo o que a televisão se tornou, programas educativos infantis são piores que propagando eleitoral obrigatória, não suporto aquele dinossauro roxo, o Barney, pior que os Teletubies.

Crianças preferem ficar em casa assistindo televisão do que estar em uma praça soltando pipa e brincando ao ar livre. Preferem assistir um babaca vestido de dinossauro ao invés de brincar de boneca (se bem que hoje em dia os brinquedos ‘brincam’ sozinhos, basta apertar um botão e eles começam a se divertir sem a criança).

O problema é que algumas pessoas pensam que quando chegar no “fim” tudo vai dar certo, que o vilão será derrotado e que dinheiro vai cair do céu. Estão sendo iludidos, pois não há dinheiro sem trabalho, e não há final feliz sem luta.

A Cura

domingo, 21 de setembro de 2008


Hoje eu reparei em uma propaganda de televisão muito comum, sobre poluição e desmatamento, vejo por ai pessoas dizendo que devemos conservar o planeta e que tudo depende de nós, que a poluição está pior a cada dia. Mas as pessoas não escutam. Não tomam uma atitude a menos que outros tenham alguma iniciativa. Jogam lixo nas ruas pensando que assim estão dando emprego aos varredores de ruas, se pararem de jogar eles ficam desempregados. Eu já pensei assim, porém hoje vejo as coisas de outra maneira.
Vejo nas revistas, jornais, televisão (que é uma porcaria), e outros meios de comunicação as pessoas se matando, mãe que mata filho, filho que mata mãe, pai que engravida a própria filha, pessoas se matando por dinheiro, droga e prostituição, fome, miséria, corrupção, tiroteios, mortes em massa, poluição, doenças e diversas outras coisas que me enojam só de pensar. O que está acontecendo com o mundo ultimamente? A culpa é de quem?
Ando me fazendo essas perguntas com freqüência nos últimos dias e temo não ter as respostas. Não quero achar um culpado pra esses fatos, então comecei a pensar e notei que a reposta é fazer uma reforma interna, seria uma saída apropriada. Cada um poderia mudar seu jeito de pensar. Pessoas se matam pra manter uma honra que nunca existiu, os anos 2000 está pior que a era medieval.
Nós não estamos fazendo nada pra mudar isso. Cadê a força de vontade que havia nos jovens há tantos anos atrás? Ficou lá com certeza... Preso nos livros de história.
Quero fazer a minha parte, às vezes parece que não vai adiantar nada eu fazer as coisas certas, mas de repente me vejo fazendo a coisa errada e o problema aumenta, acumula. Se eu não faço acumula do mesmo jeito. Da muita raiva.
É confuso, mas eu estou tentando. Adultos são difíceis de mudar, então devemos recomeçar pelas crianças. A falta de educação não vem só do governo, vem de casa também. Está pior a cada dia. As crianças são a nova geração, ensinem a elas e no futuro tudo será melhor.
Todos procuram a "cura do mal", mas ela está dentro de cada um de nós.

O que aconteceu com a personalidade?

domingo, 14 de setembro de 2008


Sempre tem um ou outro que não se encaixa em nenhum grupo. Aquele que no colégio sentava sozinho e não falava com ninguém.
Nessa sociedade que ultimamente qualquer pessoa quer virar celebridade, a figura do ‘ninguém’ sempre me pareceu o melhor modelo de vida. E isso não quer dizer que eu sou uma pretensiosa do tipo ‘é legal ser diferente’. Simplesmente ‘ninguém precisa ser igual’.
Nos últimos dias eu venho observando o estilo de vida dos adolescentes, já que trabalho em uma escola na parte do dia e a noite faço faculdade (nada relacionado a psicologia).
Assisto sem nenhum entusiasmo aqueles filmes americanos de turmas de universidade com aquelas fraternidades onde o cara tem que passar por uma coleção de humilhação apenas para ser aceito nessas fraternidades idiotas.
Fico imaginando o que leva uma pessoa a essa necessidade doentia de ser aceita. E com o tempo me parece que em busca de aceitação as pessoas têm se padronizado de maneira assustadora. Hoje em dia ouve-se as mesmas musicas, usa-se o mesmo corte de cabelo e as mesmas roupas, até a personalidade é igual. Só assim para um adolescente se sentir aceito, se sentir parte de alguma coisa. Ele é compreendido e aceito, não vira motivo de piada para os outros.
Então o que acontece é muito simples, se está num grupo onde o lance é odiar alguém, seja quem for então o cara vai passar a odiar, mesmo não sabendo o motivo, a turma odeia e pronto, ele tem que seguir esse padrão, senão seu futuro é ser zoado o resto da vida.
Numa novelinha como Malhação, só pra citar um exemplo bastante óbvio, a impressão que fica é que o roteirista escreveu um monólogo e depois distribuiu as falas entre vários personagens. Não há diferenciação de personalidade. Todos falam as mesmas coisas, do mesmo jeito e usam as mesmas expressões. Em resumo: fique igual e permaneça legal. Resumo da novela: Basta pensar em um casal de vilões e um de mocinhos, então escolha um nome pra novela e chama um grupo de rock nacional pra fazer a musica de abertura. Não que eu odeie novelas, mas Malhação segue esse fluxo.
Existem programas que são verdadeiras aberrações. Um deles é aquele Famous Face. Uma maluca coloca na cabeça que quer parecer com seu ídolo, e essa maluquice é incentivada. A transformação é filmada e testemunhamos a verdadeira ‘frankesteinização’ sofrida pela pobre iludida que se submete à operação plástica, lipoaspiração e todo o resto que ‘está na moda’ pra ficar parecida com uma pessoa que ela nem conhece.
Tinha um programa ainda pior, onde uma modelo era chamada pra padronizar qualquer sujeito que não esteja seguindo as regrinhas do que a sociedade atual chama de ‘bom gosto’. Se uma garota não fizesse o gênero patricinha, a missão da apresentadora era introduzir a ‘rebelde’ ao “mundo dos iguais”. E da-lhe o que chama de “banho de loja”. Se o cara usa roupas largas e o cabelo todo espetado, então ele será transformado em um coitado metrosexual. Enfim é proibido ter estilo, quem não se enquadrar sai de cena.
Cada pessoa devia andar por ai rezando pela própria Bíblia, ou seja, fazendo suas próprias leis e fazendo uso de seu livre arbítrio. Mas não é o que tem acontecido.

Ele não enxerga!

sábado, 13 de setembro de 2008


Hoje aconteceu uma coisa muito desagradável aqui na minha casa. Sábado, 13 de setembro de 2008, eram 9hs e alguns minutos, não me lembro exatamente. Acordei e fiquei um tempo na cama, pensando na vida e nos problemas que não são poucos, decidi levantar e tomar um banho, fazer as coisas de sempre quando a gente acorda. Então minha mãe levantou logo depois que eu saí do banheiro e me convidou pra ir à pastelaria aqui perto de casa, eu topei com um pé atrás, porque meu pai voltou de viajem e ele também iria com certeza. Foi o pior pensamento que eu tive, então sacudi a cabeça e afastei esses maus pensamentos. Meu pai levantou e fez esse mesmo convite para o meu irmão mais velho, ele topou na hora também, até então eu não tinha notado que meu pai quando chegara de viajem ontem não tinha olhado muito nos meus olhos, só deu aquele abraço de sempre, frio e sem animação como ele sempre deu em mim desde o dia em que eu me entendo por gente. Nada tinha mudado mesmo ele ficando uma semana sem me ver, estava viajando a trabalho e ao chegar não demonstrou nenhum sinal de saudade minha.
Todos se trocaram e quando estávamos saindo ele perguntou aonde eu ia com uma roupa mostrando a bunda (Eu estava com um short). Ele sempre reclamou, mas dessa vez foi a gota d’agua. Afinal o que tinha demais em usar um short, meu irmão sempre fez coisa pior e ele nunca falou nada. Ter um filho Gogo boy que transa com mulheres por dinheiro é a coisa mais natural do mundo? Minha mãe nem me defendeu, ela sempre teve medo do meu pai. Meu irmão se fez de tonto e falou que pelo menos ele pegava mulher. Eu não fiquei estagnada como nas outras vezes, soltei tudo o que estava na garganta. “Quer dizer que ele pode dançar a noite, mostrar o corpo, comer velhas necessitadas por dinheiro e quando eu coloco uma roupa curta VOCÊ se ofende e diz que não posso sair com VOCÊ com essa roupa?”
Dei grande ênfase a “você” porque sempre o chamei de Senhor, naquele momento perdi o respeito forçado que tinha por ele. Já tive outros motivos pra perder o respeito forçado, mas dessa vez foi à gota. E ainda completei: “Acho que vou começar a vender meu corpo pra ver se sou reconhecida, ou quem sabe começo a 'pegar mulher'” Saí da sala com a cabeça erguida, não olhei pra trás, olhar pra cara dele me embrulha o estomago. Agora são 10hs18 e ainda estou indignada com tamanha injustiça, safadeza, nojo dessa situação, eles ainda não voltaram e juro que eu não gostaria que voltassem meu irmão mais velho prostituto (porque mesmo meu pai não admitindo é isso que ele é), meu pai que tem preferência explicita pelo filho mais velho, e que além de tudo é injusto se acha o dono da verdade. A única pessoa descente é minha mãe, mas ela tem tanto medo que prefere ficar quieta, eu não a culpo, a pobrezinha teve AVC e Graças a Deus está viva.
Eu só me pergunto até aonde vai a cegueira dos pais?
Como eles passam de Heróis a Vilões?

A piada da política

terça-feira, 2 de setembro de 2008


Olha para o país e me diz o que vê?
Eu vejo impunidade, a política desse país é uma piada que me mata de tanto rir. Campanha eleitoral é uma droga, não sei se ainda existe alguém que acredita em toda aquela publicidade. Promessas e mais promessas enchem os intervalos comerciais com mais mentira a cada dia. Fico olhando e me pergunto: porque eles tem tanto trabalho em fazer uma propaganda juntando depoimentos “forçados”? (O que o dinheiro não faz!)
A resposta é simples, a maioria dos políticos se vangloria em dizer que fez isso e aquilo, que o outro roubou e que ele é o mais honesto entre todos os candidatos que estão concorrendo. Tenho pena de quem acredita. Existem três tipos de eleitores, aquele que realmente acredita no candidato e em suas promessas, o que vota por votar escolhendo o “menos pior”, e o eterno democrata que acredita fielmente que o país vai mudar algum dia.
Sabe aquela campanha bem clichê que a gente sempre vê em filmes e novelas, aquela que o candidato beija crianças e dá remédios e cestas básicas para uma família necessitada. Então, tive o desprazer de presenciar uma cena dessas nos últimos dias na feira perto de casa (pensei que fosse só na televisão mas me enganei). Foi inevitável segurar o riso. Ri da cara de panaca do “futuro prefeito”, mas fiquei triste porque pelo que parecia aquela família estava acreditando que ele faria alguma coisa para mudar a vida deles.
Quantos políticos são necessários para enganar uma nação inteira?

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