Até onde chega o amor....

sábado, 3 de maio de 2008


"No dia que nasceu nossa filha, meu marido, não sentiu grande alegria. Por que a decepção que sentia parecia ser maior do que o grande conhecimento de ter uma filha."
“Ah! Eu queria um filho homem!” Lamentava meu marido.
Em poucos meses ele se deixou cativar pelo sorriso de nossa linda Íris e pela infinita inocência de seu olhar fixo e penetrante, foi então que ele começou a amá-la com loucura.
Sua carinha, seu sorriso não se apartavam mais dele. Ele fazia planos sobre planos, tudo seria nossa Íris.
Numa tarde estávamos reunidos em família, quando Íris perguntou a seu pai: “Papi... Quando eu completar quinze anos, qual será meu presente?”
Ele lhe respondeu: “Meu amor, você tem apenas sete aninhos, não lhe parece que falta muito tempo para essa data?”
Respondeu Íris: “Bem papi, tu sempre diz que o tempo passa voando, ainda que eu nunca haja visto por aqui.
Íris já tinha quatorze anos e ocupava toda a alegria de seu pai. Num domingo foram a igreja, Íris tropeçou, se pai de imediato agarrou-a para que não caísse... Já sentados nos bancos da igreja, viram como Íris foi caindo lentamente e quase perdeu a consciência.
Seu pai agarrou-a e levou imediatamente para o hospital. Ali permaneceu por dez dias e foi então quando lhe informaram que Íris padecia uma grave enfermidade que afetava seriamente seu coração.
Os dias foram passando, seu pai renunciou a seu trabalho para dedicar-se a Íris. Todavia, sua mãe decidiu trabalhar, pois não suportava ver sua filha sofrendo tanto.
Numa manhã, ainda na cama, Íris perguntou a seu pai: “Papi? Os médicos te disseram que eu vou morrer?”
Respondeu seu pai: “Não meu amor... não vais morrer, Deus que é tão grande, não permitiria que eu perca o que mais tenho amado neste mundo”.
Perguntou Íris: “Quando a gente morre vai para algum lugar? Podem ver lá de cima sua família? Sabes se um dia podem voltar?”.
Respondeu seu pai: “Bem filha na verdade ninguém regressou de lá e contou algo sobre isso, porém se eu morrer, não te deixarei só, onde eu estiver buscarei uma maneira de me comunicar contigo, e em última instância utilizaria o vento para te ver”.
“O vento? E como você faria?”
“Não tenho a menor idéia filhinha, só sei que se algum dia eu morrer, sentirás que estou contigo, quando um suave vento roçar teu rosto e uma brisa fresca beijar tua face.”
Nesse mesmo dia à tarde, foram informados pelos médicos que Íris necessitava de um transplante de coração, pois do contrário ela só teria mais vinte dias de vida.
“Um coração! Onde conseguir um coração! Onde, Deus meu?” Perguntavam-se seus pais.
Nesse mesmo mês, Íris completaria seus quinze anos. E foi numa sexta-feira a tarde quando conseguiram um doador. Foi operada e tudo saiu bem.
Íris permaneceu no hospital por quinze dias e em nenhuma só vez seu pai foi visita-la. Todavia, os médicos lhe deram alta e ela foi para sua casa.
Ao chegar em casa a jovem com ansiedade gritou:
“PAPI! PAPI!... Onde tu estás?”
Sua mãe entrou no quarto com os olhos molhados de lágrimas e disse-lhe: “Aqui está uma carta que seu pai deixou para você”.
Confusa a garota abriu-a e começou a ler: “Íris, filhinha do meu coração. No momento em que ler minha carta, já deve ter quinze anos e um coração forte batendo em teu peito, essa foi a promessa que me fizeram os médicos que te operaram. Não pode imaginar nem remotamente quanto lamento não estar a teu lado neste instante. Quando soube que morrerias, decidi dar-te a resposta da pergunta que me fizestes quando tinhas sete aninhos e a qual não respondi. Decidi dar-te o presente mais bonito que ninguém jamais faria... Te dou de presente minha vida inteira sem nenhuma condição, para que faças com ela o que quisestes. Vive filha! Te amo com todo o meu coração!”.
Íris chorou por todo o dia e toda a noite; No dia seguinte foi ao cemitério e sentou-se sobre a tumba de seu pai, chorou tanto como ninguém poderia chorar. E sussurrou: “Papi... agora posso compreender quanto me amavas, eu também te amava e ainda que nunca tenha dito, agora compreendo a importância de dizer-te ‘Te amo’ e te pediria perdão por haver guardado silêncio tantas vezes”.
Nesse instante as copas das árvores balançavam suavemente, caíram algumas folhas e florzinhas, e uma suave brisa roçou a face de Íris que olhou para o céu, tentou enxugar as lágrimas de seu rosto, se levantou e voltou para casa.
Há certos momento em nossas vidas que é realmente difícil dizer: “Eu te amo”, “Me perdoa” e principalmente “Me ajuda”. Mas faça um esforço e nunca deixes de dizer: “Te amo”.... Não sabes se será a última vez.....

1 comentários:

lucaum disse...

lindo...e tragico

parece uma tragedia graga

e c eu fosse como minha mãe eu com ctz iria chorar (acredite isso eh um elogio ^^)

mto bom
pra uma eng tu tens habilidade com as palavras

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